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Fui chamado para depor na delegacia, o que fazer agora?

Receber uma intimação e ser chamado para depor na delegacia pode ser assustador, especialmente para quem nunca teve contato com o sistema de Justiça criminal. Em momentos como esse, saber como agir é essencial para proteger seus direitos e evitar complicações.

Naturalmente, muitas dúvidas surgem: por que fui intimado? O que devo ou não falar? É necessário levar um advogado? A situação pode ser ainda mais delicada quando existe a possibilidade de ser investigado.

Além do nervosismo natural, a falta de orientação jurídica faz com que muitas pessoas cometam erros graves durante o depoimento. Mesmo quem acredita estar apenas “colaborando” com as autoridades corre riscos ao depor sem suporte.

Só que o comparecimento à delegacia não é mera formalidade. Todo depoimento colhido pela polícia pode ser utilizado em um inquérito ou processo criminal. Uma palavra mal colocada é suficiente para complicar sua situação.

Muitas pessoas, por não conhecerem seus direitos ou por não terem o devido acompanhamento profissional, acabam se prejudicando por desinformação. O ideal é que o depoimento nunca seja tratado com descuido, mesmo se você se considera inocente ou está indo apenas como testemunha. 

Por essas razões, se você foi chamado para depor na delegacia, a presença de um advogado criminal é fundamental. Ele garante que todo o trâmite ocorra de forma legal, segura e sem violação dos seus direitos, blindando você de eventuais equívocos que podem gerar consequências graves.

O que significa ser chamado para depor na delegacia?

Ser chamado para depor na delegacia significa que você foi intimado pela autoridade policial para prestar esclarecimentos sobre um determinado fato que está sendo investigado. Isso pode acontecer por vários motivos: você pode ter sido testemunha de um crime, ter sido vítima ou, até mesmo, estar entre os investigados.

Na prática, a polícia busca ouvir quem pode contribuir com informações relevantes para elucidar um caso. A intimação geralmente vem por escrito, seja entregue em mãos, por oficial de Justiça ou por meio de carta registrada, e informa data, horário e local em que você deve comparecer.

A legislação brasileira prevê que todos os cidadãos devem colaborar com a Justiça. No entanto, colaborar não significa abrir mão de seus direitos, e é aí que mora o risco: muitas vezes, agir sem orientação especializada pode gerar problemas jurídicos inesperados, inclusive transformar quem foi chamado como testemunha em um suspeito.

Por isso, o primeiro passo ao receber uma intimação é não entrar em pânico. O segundo, e mais importante, é consultar um advogado criminalista de confiança para avaliar a situação com clareza e traçar uma estratégia apropriada antes de comparecer à delegacia.

Quem pode ser intimado a depor?

Qualquer pessoa pode ser chamada para depor: seja alguém que viu algo, que tem alguma informação relevante, que sofreu um crime ou que, de algum modo, está envolvido com os fatos sob investigação.

Em termos gerais, há três possíveis formas de envolvimento:

  • Como testemunha: nesse caso, você é chamado a relatar o que viu, ouviu ou sabe sobre determinado acontecimento. Isso não significa necessariamente que você está sendo acusado, mas ainda assim o risco de suas palavras serem mal interpretadas existe;
  • Como vítima: se você sofreu um crime, pode ser chamado para narrar os detalhes do ocorrido, esclarecer quem são os suspeitos e indicar provas que possam ser usadas no inquérito policial;
  • Como investigado: aqui a situação é mais delicada. Mesmo que não haja provas diretas contra você, a simples suspeita leva a autoridade policial a buscar o seu depoimento. Nessa hipótese, todo cuidado é pouco, e o acompanhamento de um advogado é imprescindível.

Independentemente da condição, é fundamental conhecer seus direitos e saber qual é a posição que você ocupa naquele inquérito, algo que somente um advogado especializado poderá esclarecer com precisão.

Etapas de um depoimento na delegacia

Você sabe o que acontece com quem é chamado para depor na delegacia? Para muitas pessoas, o procedimento ainda é um mistério. Entender cada fase do depoimento ajuda não apenas a se preparar emocionalmente, mas também a agir estrategicamente com suporte jurídico. A seguir, explicamos passo a passo como funciona esse processo.

1. Recebimento da intimação

O primeiro passo é o recebimento da intimação. Ela pode chegar por um oficial de Justiça, por carta registrada ou até ser entregue diretamente por um policial. Este é o momento em que você descobre que foi incluído em uma investigação, como testemunha, vítima ou possível envolvido.

A partir desse instante, é altamente recomendável procurar imediatamente um advogado criminal. O profissional irá interpretar o teor da intimação, analisar os riscos envolvidos e orientar o que fazer antes mesmo de pisar na delegacia.

2. Apresentação e identificação na delegacia

Ao chegar ao local informado, o primeiro procedimento será a sua identificação. Será necessário apresentar um documento oficial com foto. Depois disso, você deverá aguardar ser chamado ao setor responsável pelo inquérito policial.

Todo esse processo acontece em ambiente formal, e é importante manter a calma. Vale reforçar: você pode (e deve) estar acompanhado de um advogado desde o primeiro passo.

3. Oitiva formal

A oitiva é o momento em que você será ouvido pelas autoridades. Suas respostas serão registradas por escrito, muitas vezes pelo escrivão, e o delegado conduzirá as perguntas com foco nos fatos apurados.

O advogado que estiver presente poderá intervir caso alguma questão seja inadequada, confusa ou fora da legalidade. Lembre-se de que você tem o direito de permanecer em silêncio, caso alguma pergunta possa prejudicá-lo. A clareza e a objetividade são suas melhores aliadas aqui.

4. Leitura e assinatura do depoimento

Após o depoimento ser redigido, será feita a leitura integral do documento para que você confira tudo o que foi anotado. Nesse momento, é essencial revisar com atenção. Caso algo tenha sido escrito de forma equivocada ou diferente do que você realmente disse, solicite a correção.

Nunca assine sem ler com calma. A presença do advogado garante que nenhuma distorção passe despercebida e que seus direitos sejam integralmente respeitados.

Você sabe quais são seus direitos ao depor?

Muitas pessoas acreditam que, ao serem chamadas para depor, estão obrigadas a dizer tudo, sem direito ao silêncio ou à presença de um advogado. Isso é um equívoco perigoso.

Todo cidadão tem direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal, mesmo em uma simples oitiva policial. Os principais são:

  • Direito ao silêncio: você não é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Se for investigado e qualquer resposta pode te prejudicar, você pode e deve se calar. Esse silêncio não pode ser interpretado como culpa;
  • Direito à assistência jurídica: você pode e deve estar acompanhado de um advogado durante todo o depoimento. Ele irá garantir que nenhuma pergunta inadequada seja feita e que suas palavras não sejam mal interpretadas ou manipuladas no processo;
  • Integridade física e moral: nenhuma coação, ameaça ou abuso pode ocorrer durante o depoimento. Se isso acontecer, seu advogado pode intervir imediatamente e tomar as medidas cabíveis.

Lembre-se: conhecer esses direitos e garantir que eles sejam respeitados é mais do que um privilégio; é uma necessidade para evitar que uma simples oitiva se torne um problema penal complexo.

Cuidados fundamentais para prestar depoimento na delegacia

Quando se trata de prestar depoimento, alguns cuidados são indispensáveis para evitar que um erro ou uma má escolha de palavras possa virar um grande problema judicial. Veja o que você jamais deve ignorar:

  • Nunca vá sozinho à delegacia, se possível. Mesmo que você ache que “não deve nada”, a presença de um advogado é fundamental para garantir que tudo decorra de forma legal e segura;
  • Leia com atenção antes de assinar o depoimento. Todo depoimento é transcrito por um agente de polícia; antes de assinar, leia com calma e confira se o que foi registrado realmente corresponde ao que você falou. Se algo estiver errado, peça a correção;
  • Se você não lembra ou não sabe algo, diga isso. Não tente preencher lacunas com suposições e “achismos”. Isso pode gerar contradições futuras que serão usadas contra você;
  • Seja claro e direto nas suas respostas. Evite dar longas justificativas ou entrar em detalhes desnecessários. Quanto mais objetivo for, menor o risco de ser mal interpretado;
  • Desconfie de pressões para mudar suas respostas ou fornecer informações que você não tem certeza. Caso isso aconteça, seu advogado poderá interceder ou interromper o depoimento.

Do início ao fim, a orientação jurídica é a chave para garantir que seus direitos sejam respeitados e que nenhum desdobramento inesperado ocorra.

O que acontece se eu não comparecer ao depoimento?

Recebeu uma intimação e pensou em ignorá-la? Atenção: o não comparecimento pode trazer consequências legais importantes. Embora muita gente acredite que não precisa ir à delegacia, fugir desse compromisso pode piorar bastante sua situação processual.

Consequências possíveis

A depender do caso e da interpretação da autoridade policial, ausentar-se após ser intimado pode levar a ações imediatas como:

  • Condução coercitiva: quando o juiz autoriza que você seja levado à força à delegacia por policiais;
  • Comunicação ao Ministério Público: A ausência pode ser configurada como crime de desobediência (Art. 330 do Código Penal);
  • Inversão de papel no inquérito: em situações suspeitas, a ausência pode ser interpretada como tentativa de omitir provas ou ocultar informações, colocando seu nome como potencial investigado.

Se fui chamado para depor na delegacia, sou obrigado a ir?

Em alguns casos, a pessoa tem o direito legal de não comparecer, especialmente se houver riscos constitucionais envolvidos (como se autoincriminar). No entanto, essa é uma decisão estratégica que deve ser tomada sempre em conjunto com o advogado. É ele quem saberá avaliar se comparecer é seguro ou não.

Portanto, mesmo para decidir se deve ou não ir à delegacia, consulte um advogado especializado. Isso pode evitar uma dor de cabeça enorme mais adiante.

Por que você deve ter um advogado criminal nessa situação?

Muita gente acredita que só precisa de um advogado “depois” que o problema começa, ou apenas se for efetivamente denunciado por um crime. Essa crença é um erro grave e pode custar caro.

Um advogado criminal experiente atua desde o primeiro momento na delegacia. Ele avalia a intimação, identifica se há risco real de responsabilização, orienta sobre o que deve ou não ser dito e acompanha o depoimento, intervindo se necessário.

Sem esse suporte, a margem para erros e interpretações equivocadas é enorme. E lembre-se: tudo que for dito em delegacia pode ser utilizado posteriormente, seja para embasar uma acusação ou dificultar uma defesa.

Além disso, o advogado poderá verificar se existe um inquérito formal contra você, se já houve pedido de medidas cautelares ou se há elementos que podem indicar responsabilização futura. Agir rápido e com estratégia, nesse momento, é essencial.

Foi chamado para depor na delegacia? Busque imediatamente um advogado especializado em Direito Penal. Cada segundo conta, e a forma como você age agora pode determinar o rumo do seu caso.

Como o advogado criminalista atua em cada fase?

Você sabia que a atuação do advogado começa antes mesmo de sair de casa para o depoimento? O papel desse profissional é garantir a preservação dos seus direitos em todas as etapas, muito além de simplesmente “estar presente”.

Antes do depoimento

Logo após o recebimento da intimação, o advogado entra em ação para:

  • Analisar cuidadosamente o conteúdo da intimação, identificando se você está sendo ouvido como testemunha, vítima ou investigado;
  • Verificar se já existe um inquérito policial aberto, e qual o seu envolvimento nele;
  • Preparar você técnica e emocionalmente para o depoimento, explicando, por exemplo, a possibilidade de exercer o direito ao silêncio e como se posicionar com segurança.

Esse suporte prévio é o que define uma postura firme, consciente e protegida dentro da delegacia.

Durante o depoimento

Durante a oitiva, o advogado exerce um papel técnico e ativo. Entre suas funções:

  • Acompanhar integralmente as perguntas, garantindo que nenhuma delas fuja da legalidade;
  • Intervir em questões confusas, impertinentes ou que possam expor seu cliente indevidamente;
  • Recolher observações relevantes para futuras estratégias de defesa, caso o depoimento evolua para uma investigação formal contra o depoente.

A presença dele não é simbólica. Ela é atuante e decisiva na construção da sua proteção jurídica.

Após a oitiva

Engana-se quem pensa que o trabalho do advogado termina com sua saída da sala de depoimento. Encerrado o procedimento, ele:

  • Solicita cópia do depoimento registrado, visando à conferência e possível uso futuro;
  • Analisa juridicamente as consequências do que foi dito, com base no contexto do inquérito;
  • Define os próximos passos com base no risco processual, que pode incluir medidas preventivas, nova comunicação com autoridades ou o início de uma defesa técnica.

Em resumo, ao ser chamado para depor na delegacia, o advogado criminal é sua principal linha de defesa, orientação e prevenção. É ele quem garante que uma situação delicada não vire uma crise jurídica difícil de reverter.

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A Cavalcanti Advogados oferece atendimento ágil, estratégico e humanizado para casos criminais, atuando desde a fase policial até os tribunais superiores. Com uma equipe altamente capacitada, garantimos o respeito aos seus direitos.

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